[ POR QUE REJEITAMOS NOVAS IDEIAS? ]
- Fábio Castelo
- 6 de abr. de 2024
- 1 min de leitura

Um estudo publicado na revista Nature sugere que quanto mais nova é uma ideia, mais grupos de pessoas discordam sobre o seu potencial valor. Essa discordância é interpretada como um sinal de risco, gerando resistência à ideia.
O estudo, realizado por pesquisadores da Universidade de Chicago e da Universidade de Toronto, envolveu cinco experimentos que testaram a recepção de ideias inovadoras em diferentes contextos, como pits de negócios, filmes, arte abstrata e até mesmo sanduíches diferentes.
Os resultados mostraram que as pessoas tendem a rejeitar ideias que desafiam seus conhecimentos e crenças existentes. Isso pode ser explicado por vários fatores, como:
Medo do desconhecido: Por representar o incerto, o “novo” pode ser assustador. As pessoas tendem a se apegar ao que é familiar e confortável, mesmo que isso signifique perder oportunidades.
Viés de confirmação: As pessoas geralmente buscam informações que confirmam suas crenças existentes, ignorando ou descartando informações que as contradizem. Isso torna difícil que novas ideias ingressem facilmente no repertório comum.
Pensamento de grupo: Quando as pessoas estão em um grupo, elas tendem a se conformar às normas do grupo, mesmo que discordem delas individualmente. Isso pode levar o grupo a rejeitar novas ideias que não se encaixam na narrativa de grupo dominante.
O estudo também sugere que quando pessoas veem outras discordarem de uma ideia, isso é interpretado como um sinal de que a ideia é arriscada ou perigosa, fazendo com que se tornem menos propensas à apoiar a ideia, mesmo que elas acreditem em seu valor implícito.
Ao negociarmos situações que envolvam disrupção devemos encorajá-las a pensarem criticamente sobre as informações que recebem, a questionar o status quo, eliminando o risco “imaginário”.
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